sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Uma Área de Outro Mundo #4

Após 2 dias consecutivos de pesadelos, uma música parece povoar a mente do pobre garoto.

Uma mistúra de balada com dança robótica, pessoas pulando e se sacodindo ao som de uma música que mais parece um bate-estaca... *pãm* *pãm* *pãm* *pãm* *pãm* *pãm* *pã* *pé* *pé* *pé* *pé* *pé* *pé* *TÉ* *TÉ* *TÉ* *TÉ*... Uma luz vermelha parece piscar dígitos, algo parecido com 6:45... *TÉ* *TÉ* *TÉ* *TÉ* ...

- Puuuta que pariu!! Tô atrasado!


O moleque levanta cambaleando da cama, esmurrando seu rádio relógio. O mesmo agora indicava 6:48. 3 minutos já tinham se passado enquanto ele praguejava.

A pressa fez com que ele esquecesse que não era filho único. Esqueceu também que seu irmão dormia na cama ao lado da sua. *TOC*

- AAAAAIII.... Que porra de cama.
*TOC*
- Aaaaaaiiii.... Que porra de portinha de guarda-roupa.

Vestindo seu cinto enquanto descia as escadas, corre para apanhar seu crachá e sua carteira (vazia, lógico), em busca do ponto, torcendo pro ônibus ter atrasado incríveis 15 minutos.

10 minutos depois, quase batendo o recorde do Sain Bolt, ele chega ao ponto de ônibus.

- Ô muleque?! Tem fogo?
- Num fumo.
- Onde tu ta indo nessa pressa? Senta ai e rola um fuminho comigo.
- Num da. To indo pro trampo.
- Tu trabalha sábado?
- Hã? Sábado?!
- Eu que fumo e você que fica louco?

Pisando duro, o garoto dá meia volta, e recomeça sua caminhada, agora muito mais lentamente, em direção a sua casa, pensando: "Agora posso dormir".

- "Projeto, Projeto, Projeto, Projeto, Projeto, Projeto..." - A cabeça parecia latejar esta palavra.

- Que saco. Num posso nem durmir... Preciso resolver essa porcaria. O esquema é voltar a empresa. Ela leva 5 dias pra tirar qualquer bagulho de la de dentro. Eu tenho quatro. Se eu conseguir adiantar alguma coisa, talvez role.


***Continua no próximo horário de almoço***


(Sendo escrito por Nelson e Amigo)


Os escritores afirmam: Qualquer semelhança com os fatos cotidianos, caracteriza mera coincidência. Os autores não se responsabilizam por qualquer similaridade a fatos reais.

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