sábado, 10 de dezembro de 2011

O Mundo é Perfeito

"Mas sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
E o dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
E o mundo é perfeito
E o mundo é perfeito
E o mundo é perfeito..."


E o mundo é perfeito...


Me dá um aperto no peito... A vontade de chorar me sufoca...

As pessoas insistem em querer mudar um jeito meu que eu mal entendo... Negativismo, negativismo...

Caramba... Só eu vivi o que eu vivi... Minhas palavras não ilustram 1 milionésimo da minha vida, como assim, querem me mudar???

Ser essa coisa que me tornei está acabando com meu físico...

Não entendem que trocar o sabor de um sorvete pelo dinheiro do ônibus não me torna doce?!

Eu não ouso "terceirizar" para outro ser humano a busca da minha felicidade.



Sei lá. Essa tela branca do blog me broxou. As palavras todas se foram.

domingo, 12 de junho de 2011

"Amor" Moderno

Nenhuma data melhor que a data comercial nomeada "Dia dos Namorados" para falar sobre amor.

O fato é que o "amor" moderno me enoja.

Um amor fadado ao fracasso, onde cada lado cuida dos próprios interesses, sem o menor carinho pelo sentimento alheio.

Claro que o outro lado pode ser tão "lixoso" quanto o primeiro, afinal, se o amor verdadeiro deve ser de duas vias, o amor falso pode também ser.

Daí vira uma bola de neve. Uma somatória de mentiras frias, que, aos olhos do expectador (afinal, não há casal que não influencie em outras pessoas e círculos sociais), parecem cruéis, vis.

É aí que aquele medo de amar, que tenho, se afirma, amadurece. Ele diz, na minha cabeça: "Num falei? Tá vendo só?"

Como eu sou homem, pouco importa a mente masculina.

Então, o negócio é criticar a mente feminina.

Cara! Fico inconformado com a forma com que as meninas / mulheres de hoje "amam". Selecionam seus parceiros pela posição financeira, pelo nível de "nerdisse" (preciso tomar cuidado com isso) e, principalmente, pela capacidade de ser capacho.

E basta o homem abrir uma frestinha dos olhos, e começar a farrear também, que elas logo arrumam uma tempestade qualquer por um motivo qualquer, só pra deixar o cara se sentindo mal, com peso na consciência, por ter feito uma vez a pilantragem que a dita cuja exerce todo dia.

Eu nunca gostei de sair pra "catar mulher". Inclusive, fiz tal burrada pouquíssimas vezes, e não pretendo repetir.

Existe a esperança de achar uma parceira pra minha vida? Lógico que existe.

Mas a sociedade ta conseguindo minimizar cada vez mais esse valor quantitativo de esperança.

domingo, 17 de abril de 2011

2ª Bienal das Crianças

Bom. Agora posso falar com certeza de causa, afinal, eu fui até a tão falada Bienal.

Pais: Levem teus filhos com idade entre "alguns meses" até uns 12 anos. A bienal está ótima.

Pra eles.

Pra você, e pra todas as outras idades mentais, péssima, a não ser que você queira pagar tanto, ou mais, que na Saraiva, Siciliano e afins.

Sugestão pra quem quer um livro bom e barato na bienal: Fuce.

Fuce Muito.

Consegui achar um clássico do J.J. Benitez a R$ 5,00. Mas me custou 2 horas vagando pelos Stands (que são bem menos do que eu esperava pra uma bienal que acontece de 10 em 10 anos), certo de que encontrei parte do 1% de livros bons e baratos da feira.

De resto na bienal, aposte no único Sebo. Só que, como todo sebo, você devia ter ido no primeiro dia gladiar com os demais. No último, você acha mais vãos do que livros, nas prateleiras, afinal, não da pra "repor estoque" de livros usados.

Quem sabe alguém inova com os livros da editora SENAC (que não tem 1 livrinho sequer sobre e-commerce, algo quase nada falado atualmente) criando uma "indústria de livros usados" pra vender pro sebo.

Aaahhh. Ia me esquecendo: Se você gosta de Lady Gaga, Luan Santana e Justin Bieber, vá também (daí independe da idade). Toda sua vida esta lá, a sua espera. Tem rios de bugigangas coloridas e piscantes, é a "sua cara".

Enfim.

50% de livros infantis, 35% de bugigangas piscantes, 14% de livros bons e caros e 1% de livros bons e baratos.

Uma última surpresa da noite: Pilhas de livros sobre Nietzsche. Será que é o reflexo do que as editoras não conseguiram vender durante a bienal (hoje é o penúltimo dia), ou lançaram um decreto-lei para difundir o niilismo?

Dica do Nelson: Compre livros pela internet. Com bem menos sola de tenis, tempo e crianças tropeçando em você, conseguirás bons preços num valor de frete razoável, que, ainda assim, vai sair mais barato que comprar na maxsigma.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Sem Sono

Não consigo dormir.

Que saco, tô revirando na cama já a horas, e não consigo dormir. Aquela euforia maluca, mente a mil.

Descobri hoje (ou lembrei, whatever), quem existe mais de uma forma de não conseguir dormir.

Existe a motivada por amor, que é a mais comum e trivial, e existe a que me assola (adoro essa palavra) neste momento, a euforia das grandes realizações.

Aquela coisa nova, a sensação de desbravar o infinito, apostar todas as fichas no desconhecido. E o legal é que da pra perder MESMO!!! Negociar com suíços e norte-americanos, converter dólar e euro pra real como quem brinca de banco imobiliário.

O gostinho das grandes realizações não tem preço. Pode parecer tolo, pode parecer (ou até ser, mesmo) pouca coisa, mas, pra um universitário estagiário de 20 anos, acho que estou sendo bem ousado.

E estou feliz por isso. Bem Feliz.

Boa Noite!


(Texto escrito a 1:00 de hoje num caderno velho)

quinta-feira, 24 de março de 2011

Soneto de 8 Versos

Lapis, garota, pincel;
Tesoura, caneta e papel.
Uma idéia de rimas coloridas;
Mostra em poesia de palavras escolhidas.
Uma mente, que ora tudo, ora nada;
Agora se encerra numa folha listrada.
Feliz, sonhador;
Numa sociedade só dor.

terça-feira, 8 de março de 2011

Tem Gari Por Aí Que É Formado Engenheiro...

Quase 1 mês depois da última postagem (que eu nem lembro mais o que eu escrevi nela), estou eu a falar sobre relacionamentos de novo.

Após uma sutil interrupção do meu amigo que quebra pedras comigo todo dia, me chamando de quadrático do século passado (pelo "estou a falar"), vou eu retornar a escrever.

Dizia eu, que tô pensando sobre relacionamentos.

A cada dia mais, passo meus dias aprendendo sobre como me relacionar com gerações passadas. Engraçado né. Faço estágio de Engenharia Mecânica (estudo mecatrônica .-. ), mas parece que estudo relações humanas. >.<"

De sexta-feira para segunda (sim, eu trabalhei segunda-feira, e também estou trabalhando hoje), o cidadão que trabalha comigo simplesmente parou de falar comigo. Por que? Sei lá.

Confesso que tenho pouco ligado para isso (minha indiferença é recorde de vendas), mas, hoje, ao conversar com o mesmo camarada que me interrompeu várias vezes do começo deste texto até agora, pensei a respeito, e optei por tentar aprender mais essa, afinal, morre 1 e nascem 3, né.

O confronto de gerações tem sido tema de diversas discussões desde meu ingresso no mundo privado empresarial. Por mais que eu mude, nunca alcanço o nível de respeitabilidade por parte deles, e eu também, claro, nunca respeito-os como deveria / merecem, e menos ainda como eles querem (Sempre querem ser seu deus).

Alguns martelam e martelam que "quem vai te dar emprego são eles", "você ta chegando agora, eles já estão la", e etc. Eles têm razão.

Já me deram varias receitas de bolo para lidar com esse povo (tomara, tomara mesmo, que eu fique bom de comunicação e consiga judiar menos das gerações futuras, afinal, sou eles de amanhã), e todas elas, em essência, se baseiam na admissão, seja da falha, seja da culpa, seja da inferioridade.

De forma geral, as pessoas inflam cada vez mais seu ego (com base no tempo humano de existência) devido às inúmeras vivências práticas realizadas, e é justamente isto que gera tanta discórdia. Eles estão lá e já apanharam muito para chegar onde estão. Você (e eu também) chega agora cheio de conhecimento (cuidado, conhecimento não é sabedoria), já que estudamos bem mais que eles, mas não chega nem perto da experiência deles.

Este fato confronta diretamente, e cresce a cada vez sob maiores proporções, com a política empresarial moderna, onde as exigências pertinentes a escolaridade (formação básica, ensino superior, em alguns casos até pós graduação para cargos "pequenos") crescem absurdamente, enquanto as exigências pertinentes a experiência (menor aprendiz, estágio profissionalizante, estágio de ensino superior) crescem a passos lentos.

De certa forma, entendo isto como um problema social, considerando que é possível fazer cursos técnicos e médios (meu caso, por exemplo) simultâneamente, mas não é possível adiantar o tempo de experiência profissional inserido diretamente no meio produtivo.

Pra solucionar o problema??? Sei lá. Algum sociólogo que proponha uma tese de mestrado antes que o sistema entre em colapso, onde um pós doutorado vai ser operador de máquina (aperta botão, cai peça, aperta botão, cai peça... ).

"Mas peraí Nelson, esse problema sempre existiu.".

Claro. Hoje você vive no Neo-Liberalismo. Antes era ditadura, onde sobrevivia o mais forte. Abrisse a boca e morria. Agora você pode falar, mostrar sua opinião. E é justamente por mostrar opinião que se fode. Pois a essência moral humana não mudou. Antes tinham poder bruto. Agora tem poder social. O cajado é o mesmo, o que mudou é quem bate, consequentemente, a forma de bater.


Enquanto isso, eu sigo meditando, buscando, no período lento da inequação de movimento, uma forma de solucionar os MEUS problemas sociais.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Vou Conseguir, Vou Conseguir

Quando o ponteiro chega na divisa entre a frustração e a estagnação, é sinal que está mais que na hora de parar.

Estou eu novamente fazendo minha terapia com palavras e música.
Sentado numa cadeira plástica num gramado recém-cortado, que ainda cheira à grama cortada, ao lado de uma estrutura que aparenta um dia ter sido um parque infantil. Um pedacinho de paz em meio a 600 funcionários, maquinário pesado e chefes, tudo em prol do sistema.

Mas não é este o motivo da minha quase estagnação. O motivo é a tarefa que estou a realizar já a semanas, senão meses: Mudança de Cultura.

Cara... Como é difícil mudar culturas já entranhadas na sociedade.

Me deram a tarefa de implementar a filosofia 5S + Segurança no laboratório. Claro, a intenção era que eu fizesse o famoso "trabalho para inglês ver", que não passa de guardar entulhar tudo que é útil (o verdadeiro trabalho) em gavetas e armários, polir tudo que é externo / visual, e botar etiquetas e marcações com fita laranja, dizendo que "um vaso é um vaso", "o grampeador fica onde está escrito grampeador", "a mosca só pode pousar no moscoporto definido na mesa", e afins.

Porém, para tristeza da maioria, odeio trabalhar sabendo que estou fazendo errado. Não vou fazer paleativo. Se tem que mudar, então vou mudar, à começar pela cultura, e é exatamente ai que complica.

É preciso muito tato, sensibilidade, empatia, cevar egos, compreensão, democracia, atenção e muita, muita paciência.


O desafio é grande, o desgaste também. E é neste momento que bate a frustração. É quando o desafio parece maior que as capacidades, quando o desgaste mental e físico beiram minha persistência.

"Vou conseguir, vou conseguir"

Venho a repetir isto a semanas. Mas esta funcionando. Longe de acabar, super improdutivo, mas aos poucos vai tomando forma.