Quase 1 mês depois da última postagem (que eu nem lembro mais o que eu escrevi nela), estou eu a falar sobre relacionamentos de novo.
Após uma sutil interrupção do meu amigo que quebra pedras comigo todo dia, me chamando de quadrático do século passado (pelo "estou a falar"), vou eu retornar a escrever.
Dizia eu, que tô pensando sobre relacionamentos.
A cada dia mais, passo meus dias aprendendo sobre como me relacionar com gerações passadas. Engraçado né. Faço estágio de Engenharia Mecânica (estudo mecatrônica .-. ), mas parece que estudo relações humanas. >.<"
De sexta-feira para segunda (sim, eu trabalhei segunda-feira, e também estou trabalhando hoje), o cidadão que trabalha comigo simplesmente parou de falar comigo. Por que? Sei lá.
Confesso que tenho pouco ligado para isso (minha indiferença é recorde de vendas), mas, hoje, ao conversar com o mesmo camarada que me interrompeu várias vezes do começo deste texto até agora, pensei a respeito, e optei por tentar aprender mais essa, afinal, morre 1 e nascem 3, né.
O confronto de gerações tem sido tema de diversas discussões desde meu ingresso no mundo privado empresarial. Por mais que eu mude, nunca alcanço o nível de respeitabilidade por parte deles, e eu também, claro, nunca respeito-os como deveria / merecem, e menos ainda como eles querem (Sempre querem ser seu deus).
Alguns martelam e martelam que "quem vai te dar emprego são eles", "você ta chegando agora, eles já estão la", e etc. Eles têm razão.
Já me deram varias receitas de bolo para lidar com esse povo (tomara, tomara mesmo, que eu fique bom de comunicação e consiga judiar menos das gerações futuras, afinal, sou eles de amanhã), e todas elas, em essência, se baseiam na admissão, seja da falha, seja da culpa, seja da inferioridade.
De forma geral, as pessoas inflam cada vez mais seu ego (com base no tempo humano de existência) devido às inúmeras vivências práticas realizadas, e é justamente isto que gera tanta discórdia. Eles estão lá e já apanharam muito para chegar onde estão. Você (e eu também) chega agora cheio de conhecimento (cuidado, conhecimento não é sabedoria), já que estudamos bem mais que eles, mas não chega nem perto da experiência deles.
Este fato confronta diretamente, e cresce a cada vez sob maiores proporções, com a política empresarial moderna, onde as exigências pertinentes a escolaridade (formação básica, ensino superior, em alguns casos até pós graduação para cargos "pequenos") crescem absurdamente, enquanto as exigências pertinentes a experiência (menor aprendiz, estágio profissionalizante, estágio de ensino superior) crescem a passos lentos.
De certa forma, entendo isto como um problema social, considerando que é possível fazer cursos técnicos e médios (meu caso, por exemplo) simultâneamente, mas não é possível adiantar o tempo de experiência profissional inserido diretamente no meio produtivo.
Pra solucionar o problema??? Sei lá. Algum sociólogo que proponha uma tese de mestrado antes que o sistema entre em colapso, onde um pós doutorado vai ser operador de máquina (aperta botão, cai peça, aperta botão, cai peça... ).
"Mas peraí Nelson, esse problema sempre existiu.".
Claro. Hoje você vive no Neo-Liberalismo. Antes era ditadura, onde sobrevivia o mais forte. Abrisse a boca e morria. Agora você pode falar, mostrar sua opinião. E é justamente por mostrar opinião que se fode. Pois a essência moral humana não mudou. Antes tinham poder bruto. Agora tem poder social. O cajado é o mesmo, o que mudou é quem bate, consequentemente, a forma de bater.
Enquanto isso, eu sigo meditando, buscando, no período lento da inequação de movimento, uma forma de solucionar os MEUS problemas sociais.
Olá Amigo, como você esta? Espero que melhor!
ResponderExcluirRelacionamento é assim. Renuncia, Renuncia, Renuncia. O silêncio é um dos mais eficázes meios de comunicação. Muitos se silenciam para melhor escutar a voz de seu interior e para refletir. Se as vezes as experiências passadas trazem características marcantes na personalidades de alguns, estas são para nosso aprendizado, de como ser ou como na maioria das vezes de como não ser.., mas sempre servirão como aprendizado. Com relação a ser Engenheiro ou não.... Fazer isso e ser aquilo! Tudo isto é vaidade! O que vale mesmo é fazer em nossa trajetória boas amizades, saber cultivá-las é o maior desafio, e saber compartilhar os momentos felizes, caso contrário estes momentos em nada serão válidos. Abraços.