terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Engineering My Success

Dessa vez quem começou foi minha mãe...

Ela resolveu ressuscitar o assunto sobre minha ex-empresa, a qual me chamou para uma "visita de apresentação das novas instalações" logo após o natal...

Na hora é até legal e tal... Você fica orgulhoso por fazer tanta diferença a ponto de irem te chamar... Mas no fundo, ainda residem aquelas lembranças de um tempo que eu trabalhava12 horas por dia, tinha a carteira assinada como assistente administrativo, recebia menos que custava a mensalidade da facul, e ainda levava meu almoço de casa, numa mochila amassada na superlotada linha 122 - Parque Industrial com destino ao Jardim América.

Mas mesmo assim, ainda adorava muito, fazia tudo com todo meu empenho, carinho e amor, vestia a camisa mesmo. Fiz ovo frito, formatei PC, refiz rede, fiz manutenção em servidor, programei o próprio sistema geral que controla finanças, funcionários e permissões, conquistei novos clientes, fiz sistemas complexos como cortesia para possíveis futuros clientes, preenchi meu próprio cartão de ponto, fiz instalações elétricas, mudei até a logomarca da empresa. Tudo isto sem incentivo nenhum, financeiro ou não. Pelo contrário. quando pedi demissão, 7 meses depois de adentrar a empresa, ouvi do dono: "Eu reparei que você não estava interessado em ajudar".

Ah, eh! Esqueci de dizer que representei a empresa no Firebird Developers Day, maior evento do mundo em banco de dados Firebird... Inúmeras palestras em inglês, ministradas pelos desenvolvedores poloneses.

E, naquela época, tudo que eu queria era ser programador oficialmente, deixar de dar suporte (lembrando do registro de assistente administrativo)... Nunca escondi minha vontade de fazer a empresa crescer fazendo carreira lá.

Agora isto me assola denovo, esta proximidade de um novo fim de um ciclo, e um novo começo de outro.


É engraçado... Estou escrevendo, dentre tantos cadernos que tenho, justamente num caderno da empresa em que estou estagiando...

A cada dia que passa, vejo-me mais distante de uma oportunidade de efetivação, como alguém amarrado a uma bomba em contagem regressiva, prestes a explodir, implorando que o óbvio não aconteça, que ela falhe.

Minha mãe insiste que eu vá visitar a ex-empresa, afim de manter o "bom relacionamento", caso eu precise...

Mas não adianta. Está dentro de mim. Aquele amor virou indiferença, aquele filho que eu tinha com aquela empresa, eu abortei naquele dia.

Meu estágio se encerra em dezembro, e minhas metas são simples e claras: Além de pagar a faculdade (óbvio), quero tirar carteira de habilitação e comprar uma flauta transversal. Se eu não conseguir conquistar as 2 últimas, paciência, eu tentei. Quando der eu faço.

Quanto a facul no fim do ano, é simples. Se nada rolar até dezembro, dentro ou fora de onde estou atualmente, eu nem me matriculo em janeiro para o quarto ano. Volto só quando eu tiver condições.

Agora, uma coisa é certa: Eu não vou andar para trás, eu não vou correr atrás da minha vida...

Ela que vai ter de correr atrás de mim.

"É seu pensamento... A colher que te acompanha" (Filme "Um buda")

Já mudei minha mente. O universo que me acompanhe.


ENGINEERING YOUR MY SUCCESS.

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