Ao andar em direção ao portão, ele se depara adivinha com quem??? O guarda! O garoto brochou na hora.
- Bom dia guarda! - Com um sorriso plástico no rosto.
- Que cê qué muleque?? Até no sabado?!?!?! Tu num ta sabendo que estagiário num trabalha no sábado não, ô? O cabeçudo ganha pouco e quer trabalhar mais.
- Ah.... Eh....Qui... Sabe o que é... É que preciso entrar... - Coçando a cabeça.
- Ta pensando que isso aqui é buteco de pinga?? O procedimento é claro, cadê a autorização de entrada do teu chefe? - O guarda fala bem alto.
- Ah.... Eh...Qui... Tô com um negócio inacabado.
- Volta segunda, porra. Sem autorização de entrada tu num entra. - Enfático. - E sai vazado.
- Eh... Mas... mas.... - Sem escolha - Obrigado.
O garoto toma o rumo do ponto de ônibus, ignorando os novos 3 ônibus a tomar. Estava se lembrando de um filme véio... decada de setenta... o famoso "De volta para o futuro 1"...
- Pô... To na maior cilada e to chapando aqui... pensando em repeteco da globo... - Quando momentâneamente...
*Plim*
- É isso!!!
Durante o percurso, o garoto havia se lembrado da caixa, da forma que o guarda havia se comportado com a caixa...
- Pera lá... Se funciona com a caixa, funciona comigo! Como não tenho documento, preciso de uma coisa emergencial bem óbvia, bem na cara.
A idéia do filme parecia caber perfeitamente na medida emergencial. O carro utilizado no filme, o De Lorean, usava uns troços diferentes, com nomes engraçados, tipo: Capacitor de fluxo, GigaWatt, Plutônio, Eixo Temporal e afins.
Rapidamente o garoto da meia volta, e implanta o sorriso plástico no rosto denovo.
- Oi seu guarda! Voltei!
- Que é muleque!!! Mas puta que pariu viu!!! Já não mandei você sumir daqui?
- Sabe o que é seu guarda, eu precisava te falar um negócio... Como está no seu turno...
- O que é muleque??? Fala rápido eim.. Fala e vaza.
- É que eu deixei o capacitor de fluxo ligado fazendo uma conexão eixo temporal com adição de plutônio... E sabe... Isso costuma esquentar...
- Tá. E o quê que eu tenho a ver com isso? - O guarda interrompe.
- É que... Sabe... Sabe ali onde trabalho??? Lá, naquela porta ali - Apontando pra uma porta cinza fechada.
- Tá muleque... Eu ja sei o que é...
- Então... Se começar, por um acaso, a sair uma fumaça preta com faixas avermelhadas e radiando um verde diferente por debaixo da porta, cara.... Chama o bombeiro... Porque o negócio ta pegando fogo, e vai explodir. - Com expressão satisfeita - Valeu eim!
O garoto mal vira as costas e ouve:
- EI EI EI muleque!!! Peraí porra!
- Que que foi? Vô embora... - Com voz simples.
- Volta aqui porra! - Quase aos berros.
- Sim sim, pois não? - Tranquilo... Suave.
- Aê muleque. Que negócio é esse de sair explodindo as coisas no meu turno?? Esse negócio de sair explodindo é sério??? O que eu vou falar pro meu chefe??? Tá maluco?!?!?! Vo chamar bombeiro porra nenhuma! Vai la desligar essa merda desse pôbrema ai.
- Pô maiii.... Hoje é sabado... Vô pra casa...
- Aí muleque, quero nem saber o que tu vai fazer... Vai entrar e vai resolver isso logo. Não me faz sair aí fora eim!
- Bom... Ja que você está pedindo... Eu vo entrar... Nóis somo amigão... - Todo cordial
- Para de falar e entra logo. - Encerrando a conversa.
- Ta bão.
Porra. Entrei. - O garoto surpreso.
***Continua no próximo horário de almoço***
(Sendo escrito por Nelson e Amigo)
Os escritores afirmam: Qualquer semelhança com os fatos cotidianos, caracteriza mera coincidência. Os autores não se responsabilizam por qualquer similaridade a fatos reais.
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