Neste ano, diferente dos anos anteriores, parei no dia 15 de fevereiro para pensar o quanto eu alongo e encurto o tempo da forma que eu quero.
Não parecem duas décadas. Ora parece mais, ora parece menos. Depende do que estou pensando, do que estou vivendo.
A faculdade, no que diz respeito às matérias, é um calvário. Mas a faculdade, no que diz respeito ao AeroDesign, foi tão curto, mas tão curto, que me sinto um iniciante experiente.
Empresa? A atual eu gosto tanto que passaram-se 1,25 anos e eu ja me sinto parte daquele lugar. Tenho mesmo vocação para o laboratório de desenvolvimento de produtos. Até trabalhos chatos como organização, implementação de 5S e sucateamento, eu estou conseguindo tornar divertido e razoavelmente produtivo.
Família? Da pra dividir em 3 períodos:
1. Eu controlado e comportado - Longo período;
2. Eu por minha conta porém ainda comportado - Curto Período;
3. Eu por minha conta e sustentando minhas bases - Período ainda se iniciando.
Este último é saboroso. A tendência é sempre melhorar.
Porém, a escala de tempo que SINTO a solidão (sempre fui sozinho, mas a incidência em termos de sentimento) vem só piorando.
Quanto mais livre fico, mais sozinho fico.
Por outro lado, mais dou valor nos meus amigos. É notavelmente diferente a forma com que me ligo aos amigos da era 2/3 em relação aos amigos de longa data da era 1.
E olha que os amigos da era 1 moram próximos, bem próximos de mim... Mesmo bairro, alguns até mesma rua.
Pros meus amigos, me sinto tentado a agradecer pela amizade... Não tem quem contribua mais ou quem contribua menos, todos são importantes, mas tem quem marque mais minha memória, e quem marque menos. Não vou ser hipócrita e dizer que penso em todos por igual. Não há melhores amigos. Mas há os mais lembrados, mais presentes.
Destino? Propósito? Escolha?
Sei la. Me parece um fardo que carregamos juntos.
De forma geral, valeu e sempre valerá a pena. Não me vejo retrocedendo ao longo do tempo pra mudar alguma coisa e consigo ver propósito em tudo que fiz e faço até hoje. Estou satisfeito. Acho que está a minha altura.
Seguirei desafiando meus limites, seguirei vivendo a vida.
Valeu a pena não cometer o suicidio, valeu a pena ser o mange, valeu a pena deixar correrem fios salgados e quentes pelos cantos dos olhos, valeu a pena buscar os cacos na pista de pouso de um projeto de 1 ano, valeu a pena.
O balanço patrimonial é sempre positivo. E é isso que mantém a inequação de movimento em movimento. O desequilíbrio. Hoje, de forma mais pontual, o saldo está positivo.
E amanhã? Ah... Amanhã é outro dia.
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